- Em 1985 o PSD tinha 88 deputados e o CDS 22 - 110 ao todo -, contra apenas 57 do PS e 38 da APU (95 ao todo). Assim, em 1985 o PSD governou em minoria numa circunstância em que PS+APU tinham 38% dos deputados (o PRD tinha 45 deputados, mas tratava-se de um partido assumidamente à direita do PS);
- Em 1995 o PS ganhou com 112 deputados, sendo que PSD+CDS tinham 103 (44,8% do parlamento). Acresce referir que PS+CDU tinham 127 deputados (55% do parlamento), pelo que mais uma vez havia uma legitimidade muito maior que a que se verificaria hoje;
- Em 1999 o PS teve 115 deputados, enquanto PSD+CDS tinham 96 (41,7% do parlamento). Juntando os de BE e CDU, o total chegava a 134 (58% do parlamento), pelo que nem vale a pena estabelecer a legitimidade deste governo "paritário";
- Em 2009 o PS teve 97 deputados, enquanto PSD+CDS tinham 102 (44,3% do parlamento), sendo que na mesma legislatura CDU+BE tinham 31 deputados, fazendo com que a "Frente de Esquerda" tivesse 128 deputados (55,6% do total).
Ou seja, Cavaco não pode dizer que governar contra 53% do parlamento são circunstâncias comparáveis a governar contra 38%, 44.8%, 41.7% ou 44.3%, como sucedeu com as outras maiorias relativas.
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